Começando a Prosa



Poucos temas são tão ricos para alimentar uma boa "prosa" como a política. As mais acalouradas prosas são sempre sobre as coisas do governo, do presidente, do pessoal lá de Berzonte e os de Brasília. Rende mais assunto que futebol ou religião.

Prosear sobre política é de uma mineiridade absoluta. Mesmo não sendo mineiro de nascimento (sou goiano), me considero tal no pensamento e no coração, visto que vivi a maior parte do tempo da vida aqui nas Minas Gerais. Me sinto mais adaptado ao relevo montanhoso das alterosas. O planalto central me dá um certo tédio, uma sensação de que algo está reto demais. Aquela coisa de que "Deus escreve certo em linhas tortas..." Quando está tudo retilínio, me passa a impressão de que "há algo de podre no reino da dinamarca". Até a mania de suspeição já faz parte do meu jeito mineiro de ser, desconfiado.

Os personagens da capital federal protagonizam, diariamente, a mais espetacular comédia de que se tem notícia na história desse jovem país chamado Brasil. O exercício do aprendizado da democracia para nós tem sido algo deveras engraçado. Meio trágico, mas engraçado. Seria cômico se não fosse trágico ? Na verdade, é mais cômico mesmo. O final não será de tragédia, mas sim, um país maduro que exercerá uma influência muito grande no cenário mundial.

Eu acredito muito no Brasil. Mas por ora, vou dando minhas contribuições ao roteiro da sátira necessária, que acentua e denuncia os vícios e mazelas desta nossa época. Personagens não faltam, inspiração tampouco. É a pura realidade da política de um país que está aprendendo a ser nação e civilizando-se para ocupar o espaço que faça jus às suas dimensões continentais.

Viva o Brasil ! Avante blogueiros...

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