Aécio Neves diz que Lula e o país são reféns do PMDB
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Para quem imaginou que Aécio poderia migrar para o PMDB e usar a legenda para alçar seu vôo mais alto, parece que a coisa não caminha por esse rumo não. Ele acusou o partido de exercer uma ditadura sobre Lula e sobre o Brasil. Que diria o velho Ulysses Guimarães de uma situação destas? De fato, sob a regência da batuta torta de José Sarney, o PMDB tem dado os piores exemplos na política brasileira. Recentemente, no Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que abrigou, em Brasília, um ato de discussão sobre a crise ética no Senado Federal, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) admitiu que pode abrir mão de seus últimos quatro anos de mandato se a atual imagem do Senado Federal persistir. O fato é que o PMDB, infelizmente, tem prestado um grande desserviço ao Brasil, e os homens de bem que ocupam seus quadros deveriam pensar seriamente em deixar a legenda e criar algo de novo no cenário da política nacional.
Para Aécio, Lula e o país vivem sob "ditadura do PMDB"
Marco Bahe
Especial para o UOL Notícias
No Recife
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), disse hoje que o governo Lula e o Brasil vivem "uma ditadura do PMDB". Para o tucano, "é preciso reverter a lógica do país a serviço de um partido político". Aécio está no Recife cumprindo agenda como pré-candidato à Presidência da República no Nordeste.
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Aécio Neves (PSDB), centro, encontra-se hoje com o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (dir.), e Fernando Gabeira (PV), pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro
"Não se pode submeter o seu governo [governo Lula] a uma ditadura de qualquer partido, qualquer que seja ele. No momento em que o PMDB não for o único responsável pela governabilidade, eu acredito que não seja, ele não terá o espaço que ele vem tendo hoje. É exagerada a presença hoje do PMDB [no governo]. Da mesma forma que é difícil governar sem o PMDB, não é apenas o PMDB que governa o país. Prestigiar quadros qualificados de um partido é uma coisa, o PMDB tem seus quadros. Se submeter às indicações do partido, quaisquer que sejam elas, é uma coisa muito diferente", criticou.
Aécio, porém, acredita que é possível extrair das alas peemedebistas um grupo comprometido com um novo projeto de país "sem fazer a relação que se construiu no Brasil, com a troca tão explícita de favores por espaço de poder".
"Uma parcela do PMDB certamente se disporia a participar conosco desse novo projeto. Acredito muito que governos exitosos, eficientes, tendem a atrair apoios. O PMDB e outros partidos políticos tenderão a se aproximar de um governo que tenha metas, que apresente resultados e sejam bem avaliados pela opinião pública", finalizou.
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