Tuma pede colegas para pegarem leve uns com os outros

O ex-xerifão Romeu Tuma pede paz e amor entre os colegas senadores. O tempo é mesmo um santo remédio para muita gente. Vale lembrar que ele já foi chefe do antigo DOPS que era o mais truculento órgão de repressão a serviço do regime militar. Que ninguém se esqueça que durante a sua estada neste órgão, muitos opositores do regime foram torturados e mortos. Verdade seja dita, ele tem em seu curriculum feitos memoráveis, tais como, desenterrar ossada de carrasco nazista (Joseph Mengele) e capturar Buscetta (não confundir isso com os feitos de Renan - Buscetta em questão pertence ao mafioso Tommaso que cagoetou meio mundo da cosa nostra verdadeira). Mas seu último feito como xerife não é dos mais louváveis: Mandou pro além Toninho Turco e com ele um arquivo vivo que ferraria a carreira de uma pá de gente da polícia inclusive a dele. Quem não se lembra da Operação Mosaico que, ao contrário de prender com pompas e circunstâncias um traficante da envergadura de Antônio José Nicolau, sapecou o mala dentro de sua própria casa. Isso se chama "queima de arquivo" no jargão policial e no nosso também! Agora o pacífico Dr. Tuma, corregedor-geral do senado, com invejável fleuma, recomenda que os ânimos sejam contidos e que a paz reine entre os nobres colegas. Quem te viu e quem te vê né Tumão!



Recorte de jornal da época(1987):

No dia 11 de fevereiro, a Operação Mosaico I teve a sua principal ação com a morte do traficante Antônio José Nicolau, o Toninho Turco, responsável por 60% da cocaína vendida no Rio (volume que variava de 8 a 15 toneladas por mês). Na ação foram utilizados 170 policiais federais de todo o Brasil, 70 homens do grupo de elite da Polícia Militar e 25 detetives que ficaram dois dias reunidos no Centro de Instrução da Brigada Pára-quedista, em Deodoro. Os policiais chegaram na mansão de Toninho Turco, que ficava na Rua Belize, em Marechal Hermes, por todos os lados. Até um helicóptero foi usado na ação. O bandido tentou reagir e foi baleado. O delegado responsável pela operação ainda tentou levá-lo para o Hospital Carlos Chagas, mas ele não resistiu aos ferimentos e morreu.

O poder de Toninho Turco na época era tão grande que ele conseguiu eleger o filho deputado estadual. José Antônio Vieira Nicolau foi eleito aos 27 anos com 13.136 votos. Na época, o diretor-geral da Polícia Federal disse que Toninho Turco poderia ter ligações com traficantes colombianos do chamado Cartel de Medellín. Segundo investigações da polícia na época, Toninho Turco lucrava CZ$ 94 milhões por mês com a venda de cocaína. Ele também teria ligações com a cúpula do jogo do bicho.


Corregedor-geral do Senado pede respeito entre parlamentares

Do Diário OnLine
Com Agências

O corregedor-geral do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP) alertou seus colegas, durante a sessão plenária de terça-feira, para a necessidade de obediência ao regimento interno da Casa. O senador se disse preocupado com a linguagem usada nos embates que envolveram diversos parlamentares nas sessões da última semana.

"Aquelas situações são absolutamente incomuns e foram motivadas por paixões políticas exacerbadas que não fazem parte do debate parlamentar, democrático e da essência do Senado Federal", advertiu o corregedor.

Tuma lembrou que a Corregedoria Parlamentar tem como escopo a promoção e a manutenção da ordem, da disciplina e do decoro parlamentar no interior do Senado Federal. E chamou seus colegas a agirem "com cortesia, prudência, integridade moral, política e pessoal, dignidade, honra e decoro, procurando adotar comportamento sereno em sua atuação parlamentar".

O corregedor chamou ainda a atenção para o fato de que o regimento dispõe de instrumentos para coibir eventuais excessos previstos. A primeira medida disciplinar prevista, em caso de infração, é a advertência, por meio da expressão "atenção". Não surtindo efeito, o presidente advertirá o senador usando da expressão "senador fulano atenção!".

Frustrado o aviso nominal, o presidente poderá retirar a palavra ao senador. E insistindo o parlamentar em desatender às advertências, o presidente determinará sua saída do recinto, o que deverá ser feito imediatamente. Em caso de recusa, o presidente suspenderá a sessão, que não será reaberta até que seja obedecida sua determinação.

Tuma lembrou, igualmente, que constituirá desacato ao Senado o parlamentar reincidir na agressão, por atos ou palavras contra a Mesa ou contra outro senador, nas dependências da Casa. Ele pediu que suas recomendações fossem publicadas e encaminhadas "àqueles que possam se interessar por elas".

"Não dirigi essas recomendações, em hipótese alguma, a qualquer membro deste Senado, mas foi em razão, realmente, da preocupação, da ressonância de algumas atitudes de comportamento não muito ético nesta Casa, nas últimas semanas", esclareceu Tuma.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Presidente da Câmara de Dorval recusa abolir a carne de porco do menu das cantinas das escolas

PT - Ideologia abandonada, identidade perdida

A BUNDA dos cavalos na Tecnologia moderna...