A volta dos mortos vivos - Toninho Malvadeza volta a assombrar o senado

ACM é uma das figuras mais marcantes da política brasileira. O soteropolitano Antônio Carlos Peixoto de Magalhães, mais conhecido no meio por Toninho Malvadeza, deixa um legado maldito em forma de 468 atos secretos de sua gestão como presidente do senado. Coronel da política baiana, foi governador biônico por duas vezes e eleito mais uma, além de ser eleito duas vezes senador pela Bahia. Verdade seja dita, pelo menos cultivou a coerência partidária. Egresso da UDN, ARENA, PDS e PFL, findou seus dias nos Democratas. Tal qual José Sarney no Maranhão, era dono de meio mundo em seu estado. Oligarca convicto, não tinha escrúpulos para manter-se no poder juntamente com sua prole. Durante a maior parte de sua trajetória política, o "carlismo" imperou como a maior força política da Bahia e sua influência nos destinos do Brasil também foi forte. Elegeu seu filho Luís Eduardo deputado federal, e muitos diziam que era forte nome para disputar a presidência da república, pois tinha um estilo próprio, refinado e era muito querido no meio político. Chegou a presidir a Câmara dos Deputados no biênio 95/97, mas a tragédia se abateu sobre os Magalhães com sua morte prematura em 21 de abril de 1998. Em 2001 enroscou-se no escândalo da lista de votação do senado, ao lado de José Roberto Arruda (PSDB-DF), foi obrigado a renunciar para evitar a cassação de seu mandato e a conseqüente perda dos direitos políticos. Na eleição do ano seguinte, voltou por cima da carne seca, eleito novamente senador por seu estado. Perdendo gradativamente sua influência, com sucessivas derrotas em casa, faleceu em São Paulo, aos 20 de julho de 2007. Sua continuidade ficou a cargo do neto Antônio Carlos Magalhães Neto, eleito deputado federal em 2002 e 2006. ACM Neto não lembra nem de longe a figura marcante do avô, e mesmo com a ajuda da mídia (leia-se Rede Globo) que insistia em lhe dar visibilidade em vários episódios da Câmara dos Deputados, não decolou. ACM o avô morto repercute mais que o neto vivo. Graças ao bom Deus, não temos um Tuniquino Malvadeza.
Esta charge do Aroeira foi feita originalmente para o

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